Assimetrias cranianas
O nosso crânio é formado por vários ossos, que se conectam através de suturas cranianas. Essas suturas são mais frouxas durante a formação do bebê e ao nascimento e, aos poucos, no primeiro ano de vida, vão se aproximando. Existe um tempo certo para que isso aconteça, para permitir o crescimento do cérebro do bebê.
Há situações mais raras, em que o fechamento precoce das suturas leva às assimetrias cranianas. No entanto, na maioria das vezes, a assimetria craniana é uma condição benigna, causada por forças mecânicas externas que moldam o crânio da criança, durante a gestação, o nascimento ou nos primeiros meses de vida. Podemos chamar essa assimetria de plagiocefalia posicional.
O tratamento da plagiocefalia posicional não é cirúrgico. Medidas que podem auxiliar no seu cuidado são o reposicionamento da criança no berço e colocar o bebê de bruços, quando acordado, sob supervisão (“tummy time”). Essas orientações são mais bem sucedidas antes dos quatro meses de vida.
Todas as crianças com alterações no formato do crânio devem ser avaliadas quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor, mobilidade cervical e muscular. O cuidado com o fisioterapeuta pediátrico é fortemente recomendado e resolve a maioria dos casos, especialmente se antes dos seis meses de vida.
Quando as medidas de reposicionamento e tratamento com fisioterapia não conseguirem resolver a assimetria, o uso de capacete pode ser indicado, idealmente antes dos nove meses de idade.
Fonte: Santiago GS, Santiago CN, Chwa ES, et al. Positional Plagiocephaly and Craniosynostosis. Pediatr Ann. 2023;52:e10-e17.
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